quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A Trilogia de Alejandro González Iñárritu


A trilogia da vida, assim chamou o realizador à construção dos seus três filmes, Amores Perros (2000), 21Grams (2003), Babel (2006).

Iñárritu considerou estas suas três obras uma trilogia, não porque elas seguem um fio de continuidade com a mesma história e as mesmas personagens, mas sim porque têm a mesma construção narrativa e de produção.
Em ambos os filmes, somos conduzidos por várias histórias que não estão interligadas e que colidem através de um acidente. À medida que a narrativa se desenvolve e os planos de tempo alternam, nunca perdemos a orientação e o rumo.
A simplicidade das imagens transmitidas numa perspectiva de horror, tragédia e sofrimento humano, bem como os choques étnicos e culturais são uma característica comum nas três obras. Proporciona aos espectadores um ritmo alucinante e ansiados por saber qual o rumo de todas as personagens. Entre flashbacks e visões futuras, Iñarritu preocupa-se por reflectir sobre a culpa, solidão humana, amor, compaixão, preconceito e todo um conjunto de valores morais que afectam a condição humana, e ao qual todos lidamos de forma diferente, intuitiva e irracionalmente.

Depois, as interpretações que estão presentes em todos os filmes são de deixar o espectador deliciado, principalmente em 21 gramas, onde Sean Penn, Naomi Watts e Benicio Del Toro nos presenteiam com magníficas actuações. Amores Perros serviu como rampa de lançamento para Gael Garcia Bernal, e Babel consagra e revela o quanto Brad Pitt e Cate Blanchet são excelente actores, dos melhores da actualidade.

É sem dúvida um dos meus realizadores preferidos e deixo aqui uma marca em sua honra.

sábado, 26 de dezembro de 2009

The Assassination Of Jesse James By The Coward Robert Ford


Aqui está, aquilo a que se pode chamar de uma obra-prima. Claro está, esta é apenas a minha opinião, mas defendo-a com a toda a seriedade e integridade pois de facto foi um filme que me marcou muito.

Andrew Dominik, consegue converter um western, num drama construído de forma minuciosa e oportuna. Consegue construir um jogo de sentimentos e valores, misturando compaixão, admiração, inveja, tirania e envolvendo um Jesse James (Brad Pitt) perante um imberbe e ingénuo mas também corajoso e místico ao mesmo tempo Robert Ford (Casey Affleck).
Admirando e odiando ao mesmo tempo, Ford vai duvidando dos verdadeiros valores daquele que ele julgava como seu ídolo, e é aqui que o filme revela toda a sua autenticidade e excelência, criando verdadeiros diálogos complexos entre as duas personagens. Jesse James, com o seu olhar sério e imprevisível e Robert Ford com o seu olhar inocente e carismático criam uma relação de ódio/amizade e dúvida sobre o comportamento um do outro.
O filme consegue envolver e cativar o público numa reflexão sobre o pensamento e o comportamento humano quando este se depara com os seus maiores medos e aspirações.
De referir que um dos pontos fortes do filme são também as actuações magníficas e soberbas dos dois actores principais. Falo naturalmente de Brad Pitt (para mim o melhor actor da actualidade, e injustamente afastado de um Óscar) e de Casey Affleck (um actor em ascensão e com um futuro promissor). Os papéis secundários, como por exemplo de Sam Rockwell contribuem igualmente para a riqueza da obra, tornando-a claramente um caso sério da sétima arte.

sábado, 19 de dezembro de 2009

As Sugestões Do Cinema I

COMÉDIA



Little Miss Sunshine(2006)




The Big Lebowski(1998)





Zelig(1983)


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Depeche Mode



Davig Gahan, Martin Gore e Andrew Fletcher representam aquela que é para mim uma das melhores bandas ainda no activo e do rock electrónico/Pop.
Alternando o seu estilo de música entre o rock alternativo e o rock electrónico (através do uso dos sintetizadores) os Depeche Mode têm ganho diversos fans e deliciando-os com projectos de alta qualidade como são os casos de músicas marcantes como "Enjoy The Silence", "Precious". A banda é muitas vezes associada ao estilo gótico, o chamado Gotic Rock. São exemplos as músicas "Judas","One Ciress","Shake The Desease", onde em muitas delas é o guitarrista Martin Gore (também conhecido pelo seu estilo irreverente) que assume a voz. O uso dos sintetizadores que apareceu por volta do ano 1964 são uma característica da musicalidade desta banda. Misturado com a guitarra, este instrumento simula muitos outros instrumentos, no caso, o baixo e o orgão e traz-lhes uma originalidade e distinção, fazendo da banda uma das melhores no percurso do synth pop.

Lançaram imensos albúns, em função do seu sucesso, destancando se com maior sucesso, Violator (1990)( onde está incluído o single Enjoy The Silence), Songs Of Faith And Devotion (1993)(onde adopta um estilo mais rock) e Playing The Angel(2005)(regresso da sonoridade dos anos 80, época de progressão da banda).

Foi uma banda que foi mudando aos poucos o seu estilo de música, sem nunca, no entanto, alterar os seus padrões e a sua cultura enquanto grupo de renome mundial. Entre deslizes e ascensões, os Depeche Mode nunca perderam o rumo e têm uma linha musical bastante actual e continuam a conquistar o seu público, sejam jovens ou os mais antigos.