sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Paths Of Glory


Kubrick é um perito em reflectir sobre o comportamento humano. Já o demonstrou noutros filmes. Neste Paths Of Glory, uma vez mais, ele avalia a destreza humana e as consequências dos actos ilusórios que têm. O filme está realizado de uma forma crua e fria e adequa-se perfeitamente ao plano de guerra e aos juízos morais e éticos dos soldados. Soldados esses que são julgados no campo, que são alvo de acções displicentes por parte dos burocratas. Falar é fácil, mas estar no campo é completamente diferente. Luta-se com o coração, perdem-se valores mas sobretudo honram-se homens.
Penso que kubrick procura enaltecer a coragem e a bravura humana, aliada com a cobardia de quem “obviamente” não queria morrer. E também criticar duramente quem está a comandar estes homens, pessoas que não têm o mínimo de compaixão pela condição humana e pelos sentimentos envolvidos.
No entanto, é bom lembrar que numa guerra quem não mata, morre, e que está em causa a salvaguarda de uma Pátria e por isso o papel dos responsáveis pelos soldados é comandá-los e valorizar o seu espírito combatente.
E nesse aspecto temos um realizador capaz e muito eficaz na condução deste Paths Of Glory.