sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Notas

I Soliti Ignoti (1958)












Director: Mario Monicelli

Uma boa comédia deste realizador italiano. Não é um grande filme, porque tem pequenas falhas, ou melhor, faltava mais de muita coisa. Mas naquela altura, as coisas eram feitas com paixão e por isso qualidade não lhe falta. Gostei do humor genuíno e de situação (planeamento assalto), do classicismo próprio da época e são 90minutos muito bem passados. E Woddy Allen veio aqui beber muito do que é a sua filmografia, de certeza!

Enter the Void (2009)













Director: Gaspar Noé

Gaspar Noé leva-nos numa viagem completamente alucinogéna onde consegue criar o efeito de vermos o filme sob efeito de ácidos. Pretensão ou não, o certo é que o filme é constantemente desconcertante e claustrofóbico e é uma visão original para explorar o mundo de sexo, drogas. Depois há que destacar o excelente contraste que o efeito néon tem com a cidade de Tokyo e toda a negrura daquele ambiente de crime. Pena que para o final o filme se perca e é claramente notório que Gaspar Noé também o perde. Uma experiência única.

Days Of Heaven (1978)












Director: Terrence Malick

Uma obra poética que Malick realizou com toda a dedicação e amor que tem pela natureza e pela envolvente idílica que as belas imagens têm. Excelente fotografia e realização, bem como da banda sonora (Enio Morricone, claro está!). E a maneira como Malick consegue criar suspense e mistério sem nunca ser demasiado denunciado. A forma como se espreita um fim trágico. Muito bom, sem dúvida.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Stranger Than Paradise (1984)

Director: Jim Jarmusch

Percebe-se que é Jarmusch. E percebe-se porque está lá todo o minimalismo que lhe é reconhecido.
É minimal os diálogos, as personagens, a realização (estática). A maneira como Jarmusch consegue fazer com que Eva, uma mulher simples mas com uma mentalidade diferente da do sonho americano, consiga fazer com que toda a gente se apaixone por ela é muito inteligente.
Stranger Than Paradise retrata muito bem o tédio, principalmente o tédio de uma América ingénua (vê-se isso nos costumes e gostos de Eddie e Willie). Um Willie que tenta negar as origens. E aqui Eva consegue fazer mudar a sua maneira de ver as coisas. A procura desse paraíso perdido.
Pena que seja a momentos um filme que parece que falta alguma substância, ou seja minimalista sim, mas com um sentido como senti em Broken Flowers.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

The Virgin Suicides (1999)

Director: Sofia Coppola

Esta primeira obra de Sofia Coppola é um filme prometedor de uma carreira que sempre tentou fugir do mainstream. Os finais do século XX e inícios do século XXI ficaram marcados por um movimento indie no cinema (independente/alternativo). E esta senhora encaixa-se perfeitamente aqui.
Em The Virgin Suicides, Coppola filma, como muito bem sabe, o silêncio e a envolvência das personagens. Como em Lost in Translation o amor físico nunca chega a existir mas não deixa de existir. Neste caso são os miúdos que observam e se apaixonam pelas belas irmãs (Kirsten Dunst está lindíssima). É também um retrato de uma adolescência que vivia os seus sonhos, uns mais liberais e outros com barreiras impostas por valores conservadores. Este é, aliás, o condutor para o ponto clímax do filme.
Faltou no entanto alguma intensidade narrativa, ainda que Sofia Coppola saiba explorar muito bem os espaços e o silêncio.

domingo, 7 de agosto de 2011

Pink Floyd - Atom Heart Mother



A música Atom Heart Mother é sem dúvida a obra-prima dos Pink Floyd. Consegue estender-se durante 23:44 minutos seguindo numa sonoridade clássica assustadora, negra e apocalíptica.
É por consequente a obra mais visionário e arrojada, só realmente capaz para uma banda tão complexa quanto a mesma.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Apocalypse Now (1979)

Director: Francis Ford Coppola

Em Apocalypse Now, Coppola filme de forma magistral a guerra e os efeitos dela no homem. Tudo o que ela traga à condição humana, mas neste filme é mais evidenciado a loucura e o lapso mental e psicológico daqueles homens. Transformados em tanques de guerra onde a linha entre o racional e o irracional é muito ténue. O aspecto visual é violento e frio (não tanto como Platoon), e apresenta um rigor estético que nos presenteia com planos memoráveis. A cena dos helicópteros a sobrevoar a povoação e sob o som de Wagner está perfeita. Uma imagem mais visionária de Coppola.
Há solidão, (principalmente em Willard (Martin Sheen)), visível no momento no barco em que eles recebem todos uma carta. O desenvolvimento de Willard acaba por ser interessante, vemos um homem que não "existe" fora daquele cenário e que a viagem até ao coronel Kurtz (Marlon Brando) acaba por ser uma espécie de redenção, como que a única coisa que a guerra ainda lhe possa oferecer. A meu ver foi uma homenagem do realizador a Marlon Brando, visto que o mesmo se acaba por ser o clímax de todo o desenvolvimento narrativo.
Muita mais coisa, felizmente, se podia dizer de Apocalypse Now.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Rope (1948)

Director: Alfred Hitchcock

Rope é uma espécie de filme teatral do Mestre do suspense, Hitchcock. Todavia este filme não tem no suspense a sua base mais forte, mas antes um classicismo psicológico e de certa forma, filosófico. Nietzsche é uma premissa deste argumento, a questão do ser superior em relação ao ser inferior. Hitchcock guia um acontecimento macabro reduzido a apenas 4 paredes mas nem por isso o filme chega a ser aborrecido ou perde a tensão perturbadora, muito por culpa de um argumento coeso e consistente durante os 80 minutos.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

C'era una volta il West (1968)


Director: Sergio Leone

Obra-prima!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Essential Killing (2010)


Director: Jerzy Skolimowski

"É a jornada angustiante e (des)norteada de um homem encurralado - primeiro na paisagem lunar do Afeganistão com seus ardentes desertos e inquietas ravinas, depois na paisagem igualmente lunar, na florestas refrigeradas do norte, talvez na Polónia ou na Noruega, tanto faz. E também quase tanto faz tratar-se de um homem. Neste caso um Talibã, capturado pelos militares americanos, ensurdecido por um disparo de helicóptero, torturado e deslocalizado para estas paragens do primeiro mundo, onde a fuga e os assassinatos em série acontecem porque simplesmente se proporcionam. Diz-se um homem, podia tratar-se de uma daquelas raposas desorientadas, perseguidas pela algazarra da matilha de Beagles e estranhos seres de casaca encarnada montados noutros animais galopantes. Ou aquelas que preferem roer a própria pata para escaparem da armadilha. Este foge, porque sim. E mata, porque sim, também. Porque tem de ser, a sobrevivência é mesmo assim crua, silenciosa, brutal, selvagem, obstinada. E essencial, como diz a versão original do título, Essential Killing.

Nas mãos de Skolimowski ele torna-se um thriller existencial, minimalista, em que o barbudo afegão (só sabemos que ele se chama Mohammed pelos créditos finais), não pronuncia uma única palavra ao longo do filme. Limita-se arfar, a gemer, a urrar, a tremer de medo e de frio, a matar a fome e as pessoas também a frio, a alucinar também no frio - pelos vistos também podem acontecer miragens em desertos gelados. É uma interpretação gutural, de uma fisicalidade absoluta, e que garantiu a Vicent Gallo o prémio de melhor actor no Festival de Veneza - aliás, o próprio filme saiu premiado...

...Através de panorâmicas gerais, travellings aéreos, a exibir a pequenez deste animal ferido que vai deixando rasto na paisagem - a neve é um denunciante implacável para um fugitivo ensanguentado -, ou de planos subjectivos, com um design sonoro absolutamente notável e torturante. Matas ou és morto: a absurda lei da vida."

Ana Margarida de Carvalho

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Biutiful (2010)


Director: Alejandro González Iñarritu

Biutiful é a consagração do cinema de Inarritu, é a consagração da sua visão trágica e pessimista da vida. Biutiful é a também a consagração de um actor que dá tudo ao cinema. Javier Bardem, uma espécie de De Niro do cinema contemporâneo. O realizador explora o anti-herói moderno (referência de Clint nos filmes de Leone), um homem que vive duas realidades distintas. Se por um lado Uxbal é um pai dedicado, ainda que num contexto familiar degradado, por outro é um homem que vive do submundo do crime. Apesar de ter um lado humano grande, ele não deixa de fazer isso por dinheiro.
Aqui o sonho deixou de existir e o expoente desta visão é a de Uxbal pois foi-lhe diagnosticado um cancro. Todas as personagens parecem caminhar para um fatalismo catastrófico e caótico. O aspecto visual e estético (ainda que reduzido) é visto num panorama de degradação social e humano, aliás como é habitual no realizador. Multiculturalidade, exploração infantil e primitiva, tráfico, corrupção, tudo isto nos subúrbios de Barcelona. Inarritu quis também pegar nesse contraste onde a realidade negra e crua se mistura com a liberdade e o cosmopolitismo da cidade.
Acima de tudo Biutiful é o extraordinário retrato do lado negro da vida sob o olhar de um homem atormentado e sem esperança.

sábado, 18 de junho de 2011

Os filmes que me marcaram

Uma lista com os filmes que mais me marcaram:

1 - C'era una volta il west - Sergio Leone - 1968
2 - The Shawshank Redemption - Frank Darabont - 1994
3 - The Lord of the Rings - Peter Jackson - 2001,2002,2003
4 - 12 Angry Men - Sydney Lumet - 1957
5 - Birdman of Alcatraz - John Frankenheimer - 1962
6 - Pulp Fiction - Quentin Tarantino - 1994
7 - Goodfellas - Martin Scorsese - 1990
8 - A Clockwork Orange - Stanley Kubrick - 1971
9 - The Assassination of Jesse James - Andrew Dominik - 2007
10 - The Treasure of Sierra Madre - John Huston - 1948

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pickpocket (1959)

Director: Robert Bresson

Foi o 1º filme de Bresson que vi, mas fiquei perplexo com a incrível mudança que ele criou no cenário do cinema. É escusado estar aqui referenciar todos os moldes do seu trabalho, porque muito já se falou. Apenas queria referir que Pickpocket foi sem dúvida o filme mais inexpressivo que vi. Mas a inexpressividade do cinema de Bresson vai de encontro à sua forte exigência para com outros aspectos, como a importância do acto (filme filmado, quanto a mim, em género de actos isolados), a genialidade da materialização dos actos (fantástica aquela sequência de roubos na estação). Nota-se que a mesma só foi possível ser exímia devido à austeridade do autor. Outro aspecto refere-se à narrativa, seca e vazia, mas com pontos paradoxais, com clara influência do escritor russo Dostoievski (pelos livros que li dele, notei essa similaridade). Resta-me continuar a ver a obra deste grande realizador francês, outrora notável e esplêndido para muitos dos que fizeram parte da nouvelle vague.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Il Postino (1994)

Director: Michael Radford

Il Postino é um hino à amizade, ao amor, à simplicidade da vida e à poesia. A poesia é um fio condutor para se tornar numa metáfora relativa ao filme. Il Postino é uma comédia, um drama, um romance, o que lhe quiserem chamar. Aquilo que fica para a história é um dos filmes mais belos e mais puros que o cinema já proporcionou. É bela a inocência de Mario Ruoppolo (Massimo Troisi, num papel simplesmente brilhante). A forma como cativa Pablo Neruda (Philippe Noiret), a amizade pura que se vai criando entre os dois, o significado da natureza na poesia, e acima de tudo o lirismo que brilhanteia todo o filme. O ambiente político que existe no plano de fundo torna-se redutor perante o produto principal da fita que é sem dúvida a amizade e o amor pela vida.
É um filme que vive também muito da magia do cinema italiano e isso, felizmente, sente-se.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nineteen Eighty Four (1984)

Director: Michael Radford

Num cenário apocalíptico, 1984 centra-se numa sociedade distópica onde não pode haver lugar a sentimentos nem interesses individuais. Não li o livro, portanto não posso fazer uma comparação com o filme e aquilo que posso reter é o que visualizei. Michael Radford pegou num tema brilhante para explorar, é certo que já explorado por muitos antes. Mas conseguiu trazer humanismo e esperança (tem de existir apesar de todo o caos que está patenteada nos cenários) numa fita onde o ambiente sombrio e despadaçado é figura principal. George Orwell, autor do livro descreveu um cenário hiperbolesco das consequências dos regimes totalitários. O autor alerta para o capitalismo desmesurado que as sociedades modernas enfrentam. O filme tem, portanto toda uma vertente sociológica que é vista sob o olhar de Winston Smith (John Hurt). O colectivismo prevalece sobre o individualismo, a consciência dá lugar à automatização e racionalização. O que interessa é a ignorância das massas. Todos os movimentos da população são vigiados pelos polícias do pensamento, homens que não são mais do que verdadeiras máquinas de obediência ao Grande Irmão.
Resumindo o livro é uma verdadeira mensagem intemporal.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Blood Simple (1984)

Director: Joel and Ethan Coen

A primeira longa metragem dos irmãos Coen tem muito de tenebroso, misterioso, negro e muita sorrealidade. Aliás, é precisamente neste ponto que a fita tem mais potencialidade percebendo-se claramente a influência de Lynch. Blood Simple é um filme tão negro que arrasta consigo quatro personagens que expelem o seu lado mais negro e psicótico. A exaustão da mente humana é a grande peça do tabuleiro de jogo em que estão inseridos as personagens. Os Coen deixam também antever algumas das suas características nas suas fitas mais recentes. O Texas como plano de fundo, Francis Mcdormand, algum toque de humor negro, e acontecimentos surreais constantes que acabam por moldar o filme na extensiva.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mise-en-scéne

Na linguagem teatral, é a disposição de cenários no palco e por extensão do sentido significa “cena, fingimento, simulação”. Em outras palavras, encenação.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O'Horten (2007)

Director: Bent Hamer

Está lá todo o realismo inerente ao cinema europeu, ainda para mais o cinema nórdico. Estão lá também as paisagens monótonas de cortar a respiração aliadas a uma fotografia não menos exemplar. No entanto peca também por ser demasiado mecânico, mas provavelmente o cinema nórdico não consegue fugir a isso, já que este está preso a uma cultura que prima valores como a organização, monotonia, mecanização, metodologia. E está lá também, acima de tudo, a frieza que caracteriza estes povos. Falta aquela magia do cinema europeu ocidental, latino.
Ainda assim Bent Hamer faz um grande trabalho e com momentos bastante sorreais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A minha Sessão Jim Jarmusch (Parte 3)

The Limits Of Control (2009)










Broken Flowers (2005)










Coffe And Cigarettes (2003)










Ghost Dog (1999)










Dead Man (1995)

domingo, 10 de abril de 2011

Birdman of Alcatraz (1962)

Director: John Frankenheimer

Alcatraz parece estar talhada para grandes filmes. John Frankenheimer consegue fazer um dos filmes mais belos que já vi. É um filme de amor, de compaixão, de companheirismo (simbologia aos pássaros), de liberdade da alma humana e de esperança. Robert Stroud (Burt Lancaster) depois de ser condenado a prisão perpétua, encontra na prisão a sua esperança de vida e o seu verdadeiro dom. Após encontrar um pássaro no pátio, começa a cuidar dele e toda a história de amor começa aí. A analogia feita com os pássaros está incrivelmente bem feita. Afinal o pássaro também está destinado a estar atrás de grades (gaiola), e Stroud vê nele o escape à solidão e à displicência dos guardas e funcionários institucionais. Homens que não são mais do que leis e regras. A materialização do homem é uma dura crítica do realizador. A bom ver eles estão também limitados àquelas paredes. É antagónico.
Stroud transforma-se numa luta contra o sistema através da sua simplicidade e da sua astúcia. Essas virtudes e também a dedicação demonstrada aos pássaros permitem-lhe ganhar a amizade do guarda prisional responsável pela sua secção. Birdman tem também um toque de existencialismo já que é nas celas que a vida de Stroud se passa e onde ele se descobre e liberta e nunca perde a esperança, se bem que com alguma ironia, de sair.
Birdman of Alcatraz é sem dúvida uma verdadeira obra-prima.

domingo, 3 de abril de 2011

A beleza do cinema Europeu

François Ozon, Swimming Pool, 2003

Porque gosto do cinema europeu?
Porque é mais humano, mais realista, mais natural nas expressões, mais existencialista na medida em que demonstra os problemas do quotidiano das pessoas, mais intenso nas relações que se estabelecem com os outros, nada melodramático (especialidade dos americanos). Isto é, não há a tentativa de forçar ou abusar de sentimentalismos e dramatismos. A dramatização no cinema europeu vem por força das imagens, das excelentes interpretações, do diálogo e, principalmente, pela natureza dos actos. O que é, é! A vida tal como ela é. Sem efeitos, sem caracteres, sem cápsulas de bom senso, e complexa. Não estou contudo a refutar a qualidade no cinema americano. Aliás é precisamente aqui que se encontram igualmente grandes obras e onde é notória uma influência em toda a indústria. Como em todo o lado, existem grandes mentores, responsáveis por projectos que serviram para apaixonar os amantes do cinema.
No entanto se o auge do cinema norte americano se encontra nos anos 40, 50, não menos verdade é, que esse facto acontece porque foi beber aos grandes génios europeus que impulsionaram a indústria cinematográfica. Falo naturalmente de Murnau, Chaplin, Buñuel, irmãos Lumiére. Depois sim, Orson Welles, Hitchcok, Billy Wilder, John Huston.
Oh, a beleza do cinema europeu...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A minha sessão Tarantino (Parte 2)

Inglourious Basterds - 2009










Death Proof - 2007









Jackie Brown - 1997











Pulp Fiction - 1994










Reservoir Dogs - 1992


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Leitura do Cinema

O cinema deve-lhes a eles:
Woody Allen, Kubrick, Andrey Tarkovsky, Lumet, Inarritu, Billy Wilder, Clint Eastwood, Tarantino, Scorsese, Copolla, Lynch, Fincher, Jim Jarmusch, Polanski, Kusturica, Gus Van Sant, Giuseppe Tornatore, Bertolluci.