terça-feira, 30 de agosto de 2011

Stranger Than Paradise (1984)

Director: Jim Jarmusch

Percebe-se que é Jarmusch. E percebe-se porque está lá todo o minimalismo que lhe é reconhecido.
É minimal os diálogos, as personagens, a realização (estática). A maneira como Jarmusch consegue fazer com que Eva, uma mulher simples mas com uma mentalidade diferente da do sonho americano, consiga fazer com que toda a gente se apaixone por ela é muito inteligente.
Stranger Than Paradise retrata muito bem o tédio, principalmente o tédio de uma América ingénua (vê-se isso nos costumes e gostos de Eddie e Willie). Um Willie que tenta negar as origens. E aqui Eva consegue fazer mudar a sua maneira de ver as coisas. A procura desse paraíso perdido.
Pena que seja a momentos um filme que parece que falta alguma substância, ou seja minimalista sim, mas com um sentido como senti em Broken Flowers.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

The Virgin Suicides (1999)

Director: Sofia Coppola

Esta primeira obra de Sofia Coppola é um filme prometedor de uma carreira que sempre tentou fugir do mainstream. Os finais do século XX e inícios do século XXI ficaram marcados por um movimento indie no cinema (independente/alternativo). E esta senhora encaixa-se perfeitamente aqui.
Em The Virgin Suicides, Coppola filma, como muito bem sabe, o silêncio e a envolvência das personagens. Como em Lost in Translation o amor físico nunca chega a existir mas não deixa de existir. Neste caso são os miúdos que observam e se apaixonam pelas belas irmãs (Kirsten Dunst está lindíssima). É também um retrato de uma adolescência que vivia os seus sonhos, uns mais liberais e outros com barreiras impostas por valores conservadores. Este é, aliás, o condutor para o ponto clímax do filme.
Faltou no entanto alguma intensidade narrativa, ainda que Sofia Coppola saiba explorar muito bem os espaços e o silêncio.

domingo, 7 de agosto de 2011

Pink Floyd - Atom Heart Mother



A música Atom Heart Mother é sem dúvida a obra-prima dos Pink Floyd. Consegue estender-se durante 23:44 minutos seguindo numa sonoridade clássica assustadora, negra e apocalíptica.
É por consequente a obra mais visionário e arrojada, só realmente capaz para uma banda tão complexa quanto a mesma.