domingo, 3 de abril de 2011

A beleza do cinema Europeu

François Ozon, Swimming Pool, 2003

Porque gosto do cinema europeu?
Porque é mais humano, mais realista, mais natural nas expressões, mais existencialista na medida em que demonstra os problemas do quotidiano das pessoas, mais intenso nas relações que se estabelecem com os outros, nada melodramático (especialidade dos americanos). Isto é, não há a tentativa de forçar ou abusar de sentimentalismos e dramatismos. A dramatização no cinema europeu vem por força das imagens, das excelentes interpretações, do diálogo e, principalmente, pela natureza dos actos. O que é, é! A vida tal como ela é. Sem efeitos, sem caracteres, sem cápsulas de bom senso, e complexa. Não estou contudo a refutar a qualidade no cinema americano. Aliás é precisamente aqui que se encontram igualmente grandes obras e onde é notória uma influência em toda a indústria. Como em todo o lado, existem grandes mentores, responsáveis por projectos que serviram para apaixonar os amantes do cinema.
No entanto se o auge do cinema norte americano se encontra nos anos 40, 50, não menos verdade é, que esse facto acontece porque foi beber aos grandes génios europeus que impulsionaram a indústria cinematográfica. Falo naturalmente de Murnau, Chaplin, Buñuel, irmãos Lumiére. Depois sim, Orson Welles, Hitchcok, Billy Wilder, John Huston.
Oh, a beleza do cinema europeu...

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