sábado, 18 de setembro de 2010

21 Grams (2003)



O que é a vida? Quanto é o peso de todas as emoções e revoltas que ela nos traz?

21 Grams, amor, ódio, revolta, crença, fanatismo, ética. A vida virada do avesso, como se de um cocktail de drogas se tratasse. E acho que a vida por vezes é mesmo uma droga que tomamos e que se define num turbilhão de emoções e imagens. Pode acontecer que num momento das nossas vidas tudo nos corre de feição e parece perfeito, mas no segundo aseguir tudo isso se pode desmoronar. Se olharmos para a vida como uma molécula que contém inúmeros átomos e que por vezes esses átomos chocam uns contra os outros, então estaríamos num bom ponto de partida para a compreendermos e poder absorver totalmente este poderoso filme. Três histórias diferentes, três famílias diferentes, três vidas que nunca se tinham cruzado, mas que num segundo, um simples segundo, chocaram. O filme alerta que o caos é inevitável e que pode sufocar-nos, mas que quando menos pensarmos pode haver sempre uma saída. Atrás de uma vida, está outra. Cristina Peck (Naomi Watts) perdeu tudo que fazia sentido na vida dela. Mas ao conhecer acidentalmente Paul Rivers (Sean Penn) a vida deu lhe mais uma oportunidade. Paul estava às portas da morte, mas a ele a vida também lhe concedeu mais uma oportunidade. Jack Jordan (Benicio del Toro) resignado e fanatizado pelos valores da igreja, parece perder a crença em Deus, quando é responsável pelo acidente.

A grande mensagem é sem dúvida que não devemos ser vencidos pelo passado assombroso e sim encarar o que de bom a vida ainda nos pode oferecer. Por muito que seja dificil encarar e perspectivar algo bom. 21 Grams. Excelente!

5 comentários:

  1. É um filme magistral, de um realizador que muito admiro e de alguém que, curiosamente, não falas no texto: Alejandro González Iñárritu.

    5 estrelas.

    Cumps.
    Roberto Simões
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  2. Curiosamente não falei porque já neste blog fiz um post em nome dele e a referir a sua trilogia. Mas obrigado pelo reparo.

    Cumprimentos

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  3. E um dia, um qualquer - certamente naquele que menos esperamos -, talvez sobre apenas uma questão: afinal qual é o peso da alma?

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  4. Será? poderemos aferir o peso da alma simplesmente pelo sentido escatológico da vida?

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